segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Day 23 – The Last Person You Kissed

Eu não sou uma pessoa perfeita. Claro que nesse tempo em que você me conhece, já notou isso. Eu erro, eu pressiono demais, eu dou importância a coisas mínimas, eu tenho uma fonte inesgotável de lágrimas que tendem a sair ao menos uma vez por semana. Mas o que machuca mais é o fato de eu não conseguir lidar com você da maneira que você lida comigo. Você não tem idéia de como você sabe lidar comigo, tem? Você me abraça, me beija, diz que me ama e tudo está bem. Rápido. É só eu ter a certeza que você está do meu lado e qualquer coisa passa.

Mas eu não sou assim com você. Eu sei e sinto que sua dor é mais profunda que a minha, tem raízes mais antigas e você não precisa falar nada pra eu ter certeza disso, e nem pra ter certeza de que você me ama, saiba que toda vez que eu pergunto isso é porque eu já sei a resposta e nunca, nunca mesmo duvidei disso. Mas eu não a pessoa perfeita. E mais uma vez eu errei com você. Eu te pressionei a uma coisa que você ainda não está pronto pra me dizer, e talvez com esse ato, eu tenha afastado ainda mais esse momento. Mas eu sei que um dia ele vai chegar porque como eu te digo sempre, nós ainda temos muito tempo. Se você e eu quisermos, todo tempo que nos resta é pra nós dois. E eu também sei a resposta dessa pergunta.

E embora você esteja cheio de ouvir meus pedidos de desculpa, aqui vai outro: Me desculpe. E não vou pedir desculpas por me desculpar porque não, não sou a pessoa perfeita e insistir em coisas que eu não deveria é um dos meus maiores defeitos.

A única coisa que eu não quis foi te causar problemas. Queria ser suave, queria ser relaxante, terna e confortável. Um lugar pra você correr ao sentir tristeza, solidão, felicidade, raiva. Para tudo. E eu sendo mais uma vez uma pessoa imperfeita, sei que talvez eu não devesse tocar nesse assunto. Sei que talvez o melhor fosse simplesmente jogar tudo isso embaixo de um tapete esperando que ninguém percebesse o que está lá. Mas eu não vou. Mesmo que me digam o horóscopo, o tarô, os búzios, os amigos. Porque você sabe como eu sou e sabe o que esperar de mim, e me amando como você me ama, acho que espera que eu faça algo insistente, imprudente ou inadequado como te escrever esse texto aqui.

(É que você é bom demais pra eu simplesmente relevar o que eu fiz, entende. Eu necessito desse desabafo, pseudo-carta, cartase ou seja o que for, para me expressar. Eu sou melhor aqui do que falando e as lágrimas não mancham o meu rosto como fazem quando tento falar nem que seja uma linha disso pessoalmente. )

Então, eu te amo e dizem que as pessoas mais próximas de nós são sempre as que nos machucam mais. Eu não posso te prometer que isso nunca mais vai acontecer porque eu pretendo estar próxima de você, se você quiser e deixar. Mas eu só queria que você soubesse que te machucar doí muito mais que machucar qualquer outra pessoa que eu conheça.

... no I never meant to do you harm.



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

2. Your Crush

É um tanto engraçado te chamar de crush quando estou com você por esses "quase" seis meses.

Relatos de quando você era um crush, e um bem sério, você encontra em post antigos nesse blog. E em vários, pois você foi um crush seríssimo. Ainda é.

Mas agora você se tornou bem mais que isso. Mais que amigo, mais que uma companhia boa, mais que um querer, mais que um precisar, mais do que necessário e mais do que qualquer outra pessoa já foi na minha vida.

Quando eu te vi pela primeira vez, e em todas as outras vezes que estive a te observar, eu te quis. Quis muito e quis tanto que consegui. Você sabe que sou assim. Porém, depois da primeira vontade saciada, eu só quis mais. E ainda quero. Ainda vou querer e, pelo que parece, por muito tempo.

Você já me disse que me faz chorar todos os dias. A verdade é que eu é que faço isso comigo, apenas não sei esconder de você. Não sou de silenciar e uma vez que se faça tempestade dentro de mim, ela chove forte, depois passa sem deixar rastros, como se nunca tivesse existido. Sou chuva de verão.

Te arrastei pra esse meu mundo, que é confuso, difícil, sentimental. Não posso pedir que você o entenda completamente, pois eu também não consigo. Mas quero que você aqui permaneça e segure a minha mão com bastante força, para que eu não me separe de você por ser quem eu sou e nem por sentir o que eu sinto.

Só fica.

Isso basta.


terça-feira, 20 de julho de 2010

1. Your Best Friend

Eu tenho alguns amigos. Não uma quantidade imensa deles, mas alguns raros e preciosos. Você foi a primeira a quem eu chamei de amiga, a primeira a quem eu pude identificar com uma. Você não era da minha família (embora tentássemos consertar isso de qualquer maneira) e não tinha a obrigação de conviver comigo. Porém, todo dia estava lá, me telefonando, passando tardes comigo, dividindo comigo a infância. E crescemos. E nos afastamos. E retornamos. Incontáveis vezes. E sempre vai ser assim, espero.

É com você que eu tenho muitos momentos feliz, momentos de crescimento, momentos de confissões, de diversões, de lágrimas. E fico muito feliz de te ver bem, feliz, como está agora.

Você pode não ser minha única melhor amiga, mas foi a primeira a ocupar esse posto.
Espero que nunca o deixe.



#felizdiadoamigo

30 dias de carta.

Não sei se vou até o fim com isso, mas hoje ficou impossível de resistir e se render.

Day 1 — Your Best Friend
Day 2 — Your Crush
Day 3 — Your parents
Day 4 — Your sibling (or closest relative)
Day 5 — Your dreams
Day 6 — A stranger
Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush
Day 8 — Your favorite internet friend
Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 12 — The person you hate most/caused you a lot of pain
Day 13 — Someone you wish could forgive you
Day 14 — Someone you’ve drifted away from
Day 15 — The person you miss the most
Day 16 — Someone that’s not in your state/country
Day 17 — Someone from your childhood
Day 18 — The person that you wish you could be
Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad
Day 20 — The one that broke your heart the hardest
Day 21 — Someone you judged by their first impression
Day 22 — Someone you want to give a second chance to
Day 23 — The last person you kissed
Day 24 — The person that gave you your favorite memory
Day 25 — The person you know that is going through the worst of times
Day 26 — The last person you made a pinky promise to
Day 27 — The friendliest person you knew for only one day
Day 28 — Someone that changed your life
Day 29 — The person that you want tell everything to, but too afraid to
Day 30 — Your reflection in the mirror


Começo no próximo post.

sábado, 26 de junho de 2010

Flores vivas

- Um dia eu vou te mandar flores também. Mas não como essas, mortas. Vou te dar flores vivas. Elas se parecem mais com a gente.
- Como assim?
- Veja o buquê que ele deu pra ela: flores vermelhas, bonitas, chamativas. Elas estão ali para impressionar quem olha de fora. São lindas mas, em pouco tempo, vão murchar e morrer e nada mais restará delas além da lembrança do que foi lindo um dia. Agora, se eu te der uma flor num vaso, ela será igualmente linda, embora não tão espalhafatosa , precisará de alguns cuidados, porém durará muito mais tempo.
- Como a gente amor?
- Como a gente.
- Acho que vou te dar um jardim inteiro.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Gosto do gosto

Comecei a associar pessoas a gostos.

Há aquelas de gosto tão único, fantástico e saboroso, que, uma vez que se prove, sabe-se que vai se amar pelo resto da vida.

Há aquelas que nos deixam um amargo na boca, que se propaga pela língua e garganta, e que demora a ir, ou nunca se vai, de fato.

Existem aquelas tão insossas, que são incapazes de provocar qualquer coisa: nem gosto, nem nada.

Há também algumas das quais provamos apenas um pedaço mínimo, que não nos satisfaz e nos dão o famoso gosto de quero mais, o gosto da pontinha do iceberg, o gosto do que está por vir, o gosto do que pode chegar a ser.

Há aquele gosto que não chegamos a sentir, mas admiramos de longe, e imaginamos como seria. E nos contentamos com isso.

Há ainda o gosto ruim e incomôdo do que poderia ter sido e acabou não sendo. Este é um gosto confuso, áspero, que seca a garganta, enche os pensamentos e, por vezes, molha os olhos.

Há aquele gosto de que todos gostam mas nos atinge ou convém. Há aquele que ninguém gosta, com execeção de nós mesmos. É tudo questão de gosto. Mesmo.

E existe, claro, o gosto doce do amor. Doce perfeito, satisfatório. Que ao invés de enjoar, vicia. Ele, facilmente, pode se tornar qualquer um dos gostos anteriores. Mas, enquanto ele é apenas doce, nada (ou ninguém, nesse caso) pode se comparar ao sabor.


Como já dizia Caio Fernando de Abreu...
"Que seja doce!"

sábado, 22 de maio de 2010

Entrega

Dizem que não é esperto se entregar rápido. Dizem que devemos ser cautelosos, manter os olhos abertos. Temer, espreitar, desconfiar, duvidar.

Me pergunto se quem diz isso sabe como é quando um sorriso te desmonta, quando um abraço te acalenta, quando seu coração acha naquelas braços um lugar pra chamar de lar. Como duvidar quando cada pedaço de você diz pra que você acredite?

Não digo que os sentimentos não são enganosos. Claro que são. Claro que eles podem te passar pra trás e podem te fazer sentir tanta dor que você não consegue acreditar que não tem algo seriamente machucado no seu corpo. (E tem.)

Mas amar é ser vulnerável. Amar é, muitas vezes, fazer as escolhas erradas e se ferir por elas.

E quem sempre duvida, quem sempre desconfia, no fundo, não entrega seu coração pra ninguém, por medo de se machucar. E não ama.Como você poderia, se seu coração está trancado numa jaula em seu peito?

Por isso eu digo: se entrega.

Se permita errar, se permita se machucar e, acima de tudo, se permita sentir, com tanta força, que isso redireciona todo o seu viver.

Ame.

Amar nunca é seguro, mas sempre vale o risco.




 

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