sábado, 22 de maio de 2010

Entrega

Dizem que não é esperto se entregar rápido. Dizem que devemos ser cautelosos, manter os olhos abertos. Temer, espreitar, desconfiar, duvidar.

Me pergunto se quem diz isso sabe como é quando um sorriso te desmonta, quando um abraço te acalenta, quando seu coração acha naquelas braços um lugar pra chamar de lar. Como duvidar quando cada pedaço de você diz pra que você acredite?

Não digo que os sentimentos não são enganosos. Claro que são. Claro que eles podem te passar pra trás e podem te fazer sentir tanta dor que você não consegue acreditar que não tem algo seriamente machucado no seu corpo. (E tem.)

Mas amar é ser vulnerável. Amar é, muitas vezes, fazer as escolhas erradas e se ferir por elas.

E quem sempre duvida, quem sempre desconfia, no fundo, não entrega seu coração pra ninguém, por medo de se machucar. E não ama.Como você poderia, se seu coração está trancado numa jaula em seu peito?

Por isso eu digo: se entrega.

Se permita errar, se permita se machucar e, acima de tudo, se permita sentir, com tanta força, que isso redireciona todo o seu viver.

Ame.

Amar nunca é seguro, mas sempre vale o risco.




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